A alimentação, que antigamente constava do que se produzia na horta ou se comprava em lojas de confiança, mas que, em qualquer caso, era natural e fresco, hoje integra sobretudo produtos sujeitos a processamento industrial. Estes, para além de comportarem corantes, emulsionantes, espessantes, conservantes e outros “antes” sintéticos e, portanto, artificiais e nocivos para a saúde, detêm demasiadas calorias e proporcionam um baixo nível de saciedade. Por outras palavras, engorda-se a passar fome. De facto, não são as gorduras nem os açúcares que preenchem as necessidades nutricionais. Colateralmente, verifica-se o aparecimento de carcinomas associados ao aparelho digestivo, em boa medida como consequência da potencialidade cancerígena destes compostos.
Até os ingredientes que hoje em dia se escolhem para uma sopa, por exemplo, já foram submetidos a uma preparação prévia e, geralmente, ao processo de congelação. Deixou de haver tempo para ir ao mercado comprar legumes. Também, à hora que se sai do emprego haviam de estar num lindo estado, todas de
“orelha” murcha, e ostentando uma cor mais próximo do amarelo do que do verde… A evolução fez com que se concebessem embalagens assépticas com hortícolas já lavados, prontos a gastar. Qualquer dia, alguém se lembrará que talvez mastigados sejam ainda mais vantajosos! Assistiremos, nesse caso, à comercialização de vegetais liquefeitos. Torna-se tudo mais rápido e automático para o intestino…
Não há dúvida que estamos na era da cozinha da lata, do pacote e do take away. Aliás, estes estabelecimentos, cada vez mais procurados, e não só aos Domingos ou em dias em que não se tem oportunidade de cozinhar, germinam agora como cogumelos em qualquer esquina. Inclusive nas zonas rurais, onde se supunha haver mais tempo e condições para dedicar às artes culinárias, a par de uma reiterada aversão a tais modernices, vão aparecendo e aumentando, a olhos vistos, o volume de negócio. A preguiça está a conquistar terreno e a instalar-se…!
A charcutaria é outro dos domínios em franca expansão. Não obstante os conselhos de nutricionistas e médicos em sentido contrário, as populações aderem incondicionalmente ao reino do presunto, chouriço, mortadela, paio, bacon, queijo, e o famigerado fiambre, presente em qualquer lanche que se preze, ou conduto indispensável numa sandes que sirva de almoço. Para satisfazer os gostos mais requintados, inventaram cortá-lo em fatias finíssimas e, supostamente, retirar a algumas categorias parte da adiposidade. Paralelamente, devem estar a criar porcos com cinco pernas, uma vez que também existe um fiambre da perna extra!...
fonte: RUA DIREITA
Uma alimentação 100 por cento saudável e natural está em vias de extinção. Por causa dessa cultura do industrialismo e consumo de massa (grande população) nossa comida tem ficado pobre e nociva, com aditivos agrotóxicos e químicas conservantes.
ResponderExcluirUma pena, porque ninguém tem prestado atenção a esse problema