O guaranazeiro (Paullinia cupana) é uma planta originária da Amazônia, que produz o fruto conhecido como guaraná. Normalmente este é comercializado na forma de pó, sendo sua semente finamente triturada, moída ou pilada após secagem.
O guaraná em pó é rico em cafeína, cujo teor pode variar conforme a procedência da matéria-prima e métodos de cultivo e secagem. Em comparação com o pó de café, seu teor médio de cafeína pode ser até quatro vezes maior.
A cafeína é absorvida muito rapidamente pelo trato gastrointestinal, sendo a concentração sanguínea máxima atingida cerca de 1 hora após sua ingestão. Quando consumida em doses moderadas, provoca aumento do estado de vigília, diminuição da sonolência, alívio da fadiga, sensação de bem estar, aumento da frequência cardíaca, do metabolismo e da diurese. Em altas doses pode causar nervosismo, agitação, tremores, palpitações, insônia e desidratação. Vale ressaltar que o consumo excessivo dessa substância pode causar dependência psíquica e síndrome de abstinência. A cafeína pode, ainda, aumentar a disponibilidade de ácidos graxos livres para o músculo, resultando em um aumento da oxidação de gordura durante o exercício. Isso pouparia o glicogênio muscular e retardaria a fadiga.
Visto que os efeitos da cafeína perduram por 6 horas em média, o consumo do pó de guaraná deve ser evitado já algumas horas antes de dormir, a fim de não prejudicar o sono; caso contrário pode ocorrer indisposição e cansaço ao acordar. Além disso, o guaraná é contra indicado para crianças, gestantes e indivíduos que sofrem de problemas cardíacos.
É importante salientar que, pelo fato de o guaraná em pó ser considerado uma importante fonte de cafeína na dieta, seu consumo deve ser cuidadosamente controlado entre seus consumidores, já que a sua associação com demais produtos que contêm cafeína (como café, chás, chocolate e alguns refrigerantes) pode resultar numa ingestão diária excessiva dessa substância.
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